A paixão em um coração debilitado
O que vou falar agora não diz respeito à paixão pelo meu time (Flamengo), a que mais mexe comigo. Diz respeito a essa emoção sentida por um coração que já passou por situações atípicas (leia-se cardiopatias). Não vou entrar em detalhes porque isso é assunto até mesmo pra um livro.
O curioso na história toda é que, antes de sofrer qualquer tipo de problema, eu pulava, chorava, gritava e nem lembrava que tinha coração, que ele estava, muito provavelmente, batendo umas 130 vezes por minuto. Hoje, antes de fazer qualquer coisa, eu presto atenção nele, eu temo ter outro problema simplesmente porque meus pés e minhas mãos estão gelados de tanto nervosismo.
Cheguei até mesmo a sentir contrações em um músculo do antebraço. Quase entrei em desespero, verificando meu pulso seguidas vezes para me certificar de que as contrações não eram arteriais. Naturalmente, não eram. Mas é absolutamente normal e aceitável ver pessoas que já passaram por situações extremas sentindo um medo acima do normal.
Um dia, eu sei, vou recuperar toda a confiança que tinha no meu frágil e forte coração. Voltarei a pular, chorar e gritar com enorme entusiasmo. É difícil demais conter as emoções que ficam saltando a cada gol perdido, feito ou sofrido. Meu Flamengo um dia terá sua aficionada torcedora de volta.
Afinal, futebol é sobre sentimentos. Sem eles, não tem a menor graça.
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