Rastreando criancinhas
Acabei de ler que a Scotland Yard, a polícia inglesa, quer que crianças a partir dos cinco anos com comportamento que indique uma possível vida criminosa no futuro tenham seus DNAs armazenados. A notícia foi revelada por Gary Pugh, diretor de ciências forenses da Scotland Yard e porta-voz da Associação de Chefes da Polícia.
Todos nós sabemos o motivo disso tudo, mas será que, nesse caso, os fins justificam os meios? Eu acho que, como pra tudo nesse mundo, existem prós e contras. Os prós são: se as crianças realmente virarem criminosas, será muito mais fácil identificá-las e, provavelmente, encontrá-las. Os contras: se alguém contar o motivo daquele pequeno exame para alguma delas, é possível que haja até um tipo de efeito placebo e ela realmente vire criminosa.
Pode até ser exagero, mas acho que isso é possível, sim. E eu fico com os que vão contra esse ato. Ninguém nasce pré-determinado a ser criminoso. Tudo depende de uma série de fatores e não cabe à Scotland Yard julgar isso. Crianças são só crianças e querem, de diferente maneiras, apenas se divertir. A polícia, de tanto pensar no futuro, acaba fazendo um monte de merda no presente, como matar inocentes em metrôs.
1 Comentário:
Se nós formos ao encontro das palavras de Dante Alighieri, a iniciativa tem sentido, pois ele falou em "A Divina Comédia": "Digo que quando a alma é mal-nascida", ou seja, pra ele aquilo é intrínseco daquela alma, é como se já tivesse no DNA. Mas sou contra a essa iniciativa, acredito, como falou, que depende de diversos fatores e situções. Não se pode apontar alguém como um possível criminoso, um criminoso em potencial, isso não existe. Vai estão querendo imitar Minority Report (não sei se é assim que se escreve)! Bjão Sassis!
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