O futebol e as provocações

Nas últimas semanas, principalmente depois do jogo Flamengo x Fluminense, o cenário futebolístico e as mesas redondas foram tomados pela discussão das provocações feitas por jogadores durante as partidas.

Alguns comentaristas apóiam, outros são contra. Eu, particularmente, acho que existem as provocações aceitáveis e as que são totalmente inoportunas, como a de Thiago Neves no Fla Flu. E não acho isso porque foi contra o Flamengo. Leia para entender.

Pra mim, Antero Greco está coberto de razão quando diz que as provocações são parte extremamente importante do futebol. Sem elas, não haveria mais graça nas partidas e, além das torcidas, os jogadores também têm o direito de entrar na brincadeira.

Tudo bem. Mas, durante um jogo, eu acredito que as brincadeiras feitas devem se limitar ao jogador e a sua torcida. Dedinho de “cala a boca”, reboladinha e embaixadinhas na frente dos torcedores adversários eu considero uma estúpida falta de respeito, consciência e responsabilidade, pois pode provocar até mesmo uma briga.

Provocações pré-jogo, como faz Vampeta, e o choro de Souza, alfinetando o Botafogo num jogo que sequer era contra este time, são aceitáveis, uma vez que servem apenas para apimentar a peleja e não se referem diretamente aos torcedores. Pode ter certeza que na próxima partida entre Flamengo e Botafogo a chance deste ganhar é muito maior, uma vez que eles entrarão em campo mordidos e o jogo vai ficar muito mais emocionante.

Não dá transformar o futebol em um esporte cheio de frufrus. Mas pedir um pouco de responsabilidade também nunca é demais.